As mudanças hormonais podem mexer e muito com sua aparência. A pele é o maior órgão do corpo, responsável por proteger todo o organismo, agindo como uma barreira física, além de ajudar na regulação da temperatura interna.
Naturalmente, ela é o caminho para a eliminação de fluidos, como óleos e suor. Porém, não é possível dizer que a pele tem um “estado normal”, já que ela vai mudando com o envelhecimento do corpo. No entanto, ela também pode ser afetada por mudanças hormonais causadas pelo ciclo menstrual das mulheres.
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Mudanças Hormonais do corpo
O surgimento de espinhas, a mudança na hidratação da pele, a oleosidade e a alteração na elasticidade são alguns dos exemplos dessas mudanças. Nesses casos, o uso de produtos específicos, como sérum preenchedor, por exemplo, ajuda a amenizar os efeitos. No texto abaixo, entenda melhor como funciona essa relação.
Ciclo menstrual
Para entender as mudanças causadas pelos hormônios, primeiro é importante compreender as mudanças decorrentes do ciclo menstrual. Ao longo do mês, os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona vão variando no corpo da mulher.
O primeiro é o hormônio sexual feminino, responsável por fortalecer o ciclo menstrual e desenvolver características sexuais secundárias, como crescimento dos pelos pubianos e das mamas. O segundo é um hormônio produzido no ovário desde a puberdade, responsável pela preparação do útero para a fecundação, assim como das glândulas mamárias para a amamentação.
Dentro de um ciclo típico, os níveis de estrogênio ficam baixos pouco antes do início da menstruação. Quando ela se inicia, esse nível sobe gradualmente, chegando ao pico na metade do ciclo (após 14 dias) e caindo novamente na segunda metade do ciclo. Já a progesterona funciona inversamente: atinge seu nível mais baixo na primeira metade do ciclo, e o pico acontece faltando uma semana para a menstruação, mas ainda há uma queda brusca pouco antes de menstruar.
Como isso afeta a pele?
Essas alterações podem ser entendidas como duas montanhas-russas hormonais que acontecem simultaneamente. Isso tem um efeito significativo na pele por causa da presença de receptores de estrogênio (em maior quantidade) e de progesterona na epiderme e na derme. Com isso, algumas características da pele são afetadas, como elasticidade e umidade.
Há também a questão da oleosidade. Na pele, existem pequenas glândulas conhecidas como glândulas sebáceas, que são responsáveis por produzir e secretar uma substância oleosa chamada sebo. A partir da puberdade, essas glândulas aumentam de tamanho e secretam o sebo.
Como outras partes da pele, as glândulas sebáceas possuem receptores que, por sua vez, são influenciados pelo estrogênio e pela progesterona. Isso faz com que se aumente a produção de sebo e, consequentemente, torna-se mais perceptível a oleosidade da pele — o que, inclusive, pode levar à acne.
O surgimento da acne acontece porque o excesso de sebo produzido combina com o acúmulo de células mortas da pele de dentro dos poros. Com isso, ocorre um bloqueio que é capaz de prender todo o excesso de sebo produzido, manifestando-se na pele como acne. Isso é um risco porque os poros com sebo concentrados são lugares ideais para que bactérias se proliferam, o que pode causar o surgimento da acne inflamatória.
Estrogênio e saúde da pele
Ainda não está claro com qual intensidade o estrogênio afeta as glândulas sebáceas. Porém, já se sabe que ele tem um papel fundamental na manutenção da saúde da pele. O estrogênio é um hormônio relacionado à hidratação da pele, à produção de colágeno e à cicatrização de ferimentos. Estudos mostram que duas entre cada cinco mulheres sentiram que a pele ficou mais sensível durante a menstruação, com os pesquisadores suspeitando que os níveis mais baixos do hormônio justificassem essa percepção.
A fase pré-menstrual também afeta a pele seca, uma condição comum sentida principalmente durante as estações ou climas secos. Porém, a genética também contribui com isso; portanto, no período pré-menstrual, a pele pode ficar mais suscetível a doenças, como psoríase e dermatites.
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