Alergias respiratórias, alergias de pele, alergias a alimentos, alergias a insetos, alergias a medicamentos, anafilaxia, imunodeficiências… São muitos os problemas alérgicos que uma pessoa pode ter, e quem faz os diagnósticos e indica os tratamentos para tudo isso e mais um pouco é o médico alergista ou imunologista.
É cada vez maior o número de residentes buscando cursos preparatórios que foquem nessa área de atuação, então, se você ainda não sabe muito sobre ela, está no texto certo. A residência em Alergia e Imunologia dura dois anos e, após credenciamento pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), capacita o médico a atuar em clínicas, consultórios e hospitais.
Essa é uma especialização que tem como pré-requisito uma residência anterior em pediatria ou clínica médica, o que pode desanimar muitos candidatos. No entanto, é uma área de atuação promissora no Brasil. Continue lendo para saber mais.
O que é alergia e como atua o profissional?
Explicando de forma simples, uma alergia nada mais é do que uma resposta exagerada do sistema imunológico a algum agente que sensibiliza o organismo. Os pacientes costumam notar o problema pelos sintomas que logo aparecem, como dificuldade para respirar, inchaço, coceira ou vermelhidão nos olhos e falhas sistêmicas, entre outros.
Boa parte do trabalho de um profissional dessa área consiste em fazer avaliações clínicas e testes que identifiquem o causador do problema. Isso porque a maioria dos tratamentos começa interrompendo o contato com o agente que está causando o problema.
Atuar nessa área exige do profissional um conhecimento profundo de todo o corpo humano, mas especialmente do sistema imune, já que nem sempre identificar as causas de uma alergia é simples ou rápido. Além disso, tratar as imunodeficiências também faz parte do trabalho de um imunologista.
Para quem gosta de pediatria, essa é uma boa escolha, já que as crianças estão entre o público que mais sofre com alergias. Essa também é uma área que atua bastante em confluência com outros campos da medicina, como Dermatologia, Pneumologia e Oftalmologia.
Como esse é um campo relativamente novo — o anticorpo Imunoglobulina E (IgE), que permitiu o avanço nas pesquisas da área foi descoberto há pouco mais de 50 anos —, ainda há muito o que se pesquisar. Assim, é uma boa especialização para quem gosta da academia e de trabalhar em laboratórios e centros de pesquisa.
Pessoas com alergia geralmente têm níveis altos de Imunoglobulina E (IgE) e a descoberta desse anticorpo permitiu melhorar os testes, quantificando os níveis de alergia. No entanto, ainda há bastante espaço para aprimoramento nessa área, bem como para o desenvolvimento de novos fármacos para os tratamentos.
Por que é uma área promissora?
Alergia e Imunologia é uma área ampla, complexa e interessante. Segundo dados da Demografia Médica do Brasil, o país ainda tem poucos profissionais especializados nessa área: são menos de 2 mil médicos. Por isso, é uma boa aposta para quem está começando a carreira agora.
Estimativas de órgãos de saúde globais dizem que pelo menos 30% da população mundial sofre de alguma alergia. Além disso, por conta do aumento na poluição e exposição a agentes que possam ser alérgenos, a expectativa é de que esse número aumente ainda mais nos próximos anos, podendo subir para metade da população. Uma curiosidade sobre as alergias que colabora para que o número de pacientes seja crescente é que mesmo uma pessoa que nunca teve alergia a determinada substância, pode passar a ter de uma hora para a outra. Por esse motivo, é sempre bom ter um imunologista por perto.