Como a queda de cabelo se manifesta em homens e mulheres?

Também conhecida como alopecia androgenética, a temível calvície é uma condição que pode atingir tanto homens quanto mulheres. Muitos acreditam que esse problema é apenas dos homens (tanto que andro significa masculino), mas a doença, se não for tratada, também pode deixar as mulheres carecas.

Mas se os cuidados com o cabelo entre homens e mulheres, no dia a dia, são diferentes, quer dizer que a queda de cabelo nos dois também terá diferenças ou será igual? Neste texto, entenda como funciona a queda de cabelo em cada caso, suas características e as possibilidades de tratamento.

A queda de cabelo em homens e mulheres é igual?

Resumidamente, não. Esse processo acontece de maneira diferente entre homens e mulheres, a começar pela incidência da calvície. Cerca de 50% dos homens com mais de 50 anos têm a condição, enquanto nas mulheres da mesma faixa etária esse índice é menor, de 40%.

O maior índice nos homens é justificado porque a alopecia está ligada à testosterona, um hormônio masculino. Quando convertido em um derivado conhecido como dihidrotestosterona (DHT), ele atua no bulbo capilar e acaba colaborando para o afinamento dos fios. Eles ficam mais fracos e, consequentemente, vão desaparecendo com o passar do tempo. No caso das mulheres, a produção de testosterona é menor, logo, menos delas sofrem de calvície.

Há também diferenças quanto à idade. Nos homens, a condição pode aparecer já a partir da puberdade, mas cerca de 90% dos homens que têm o gene da doença manifestam os sintomas a partir dos 40 anos. Entretanto, a ciência ainda não sabe explicar porque a predominância dessa faixa etária.

Já no caso das mulheres, a alopecia é mais pontual. Por exemplo, ela pode surgir já na adolescência, por causa de um desequilíbrio hormonal, como é o caso de mulheres com síndrome do ovário policístico (SOP), uma condição que eleva a quantidade de testosterona no organismo. A perda de fios em mulheres geneticamente predispostas também pode ocorrer na menopausa, fase da vida que há uma queda na produção de hormônios femininos, enquanto a testosterona atua com maior intensidade.

Leia Também: As 10 melhores vitaminas para os Cabelos

Quais os locais das quedas dos fios?

Os principais locais atingidos pela calvície também são diferentes entre homens e mulheres. Neles, as áreas mais comuns da condição se manifestar são as entradas frontais e a região occipital, que é a parte alta atrás da cabeça. Já entre as mulheres, o cabelo fica mais ralo no topo do crânio, mas também ocorre uma perda difusa, que contribui para deixar todo o couro cabeludo mais aparente.

Qual a velocidade da queda dos fios?

Geralmente, o cabelo tem um ciclo próprio, que envolve crescimento, estabilização e queda, durando de 10 a 18 meses. A genética de cada pessoa vai determinar a velocidade de crescimento deles, assim como a espessura dos fios, sendo que ainda existem outros fatores, como idade, raça e tipo de alimentação.

Por causa disso, o volume de perda de fios vai variar de pessoa para pessoa, oscilando de 50 a 200 fios por dia. Para quem não tem a calvície, quando os fios caem da cabeça, outros já estão nascendo na mesma região. Porém, com a doença, não existe essa troca. Portanto, é importante observar a relação entre perda e ganho de cabelo em determinada parte da cabeça, verificando se há algo anormal.

Existe tratamento?

Para tratar a condição, é imprescindível que seja feito o diagnóstico precoce da calvície. O tratamento adequado ajuda a evitar (ou retardar) que a pessoa fique careca, sendo que a forma mais comum de tratamento é tomar medicações tópicas e outros remédios que bloqueiam o funcionamento do DHT.

Além disso, existem outros procedimentos, como microagulhamento e o laser, que também podem ser conciliados para obter melhores resultados. No caso dos homens, a medicação inibe a enzima 5 alfa redutase, reduzindo os níveis DHT e interrompendo a alopecia de progredir. Inclusive, em determinados casos, é possível ter uma reversão parcial do quadro.

Entretanto, esse medicamento é contraindicado no caso das mulheres. Para elas, pode-se utilizar substâncias específicas localmente no couro cabeludo, como a progesterona tópica. Em todos os casos, automedicação e receitas caseiras devem ser evitadas a todo custo, sendo melhor conversar com um dermatologista especialista em cabelo para conhecer a melhor forma de tratamento.

Deixe um comentário