6 invenções que são brasileiras e você talvez não saiba

Quando se fala em invenções brasileiras, a primeira que vem à mente das pessoas é o avião, criado por Santos Dumont. No entanto, diversos outros brasileiros mostraram o seu lado criativo e empreendedor para o mundo e foram responsáveis pela criação de diferentes itens que estão presentes no dia a dia e ajudaram a revolucionar o mundo.

Entretanto, muita gente não sabe que o responsável pela criação dos chuveiros elétricos ou do escorredor de arroz foram brasileiros. Abaixo, conheça um pouco mais sobre algumas invenções célebres que surgiram no país.

Rádio

Na história, quem ficou conhecido como o inventor do rádio foi o italiano Guglielmo Marconi. Foi ele que, em 1896, patenteou um sistema de telegrafia sem fios que serviu como precursor da rádio moderna. Porém, o que muitos não sabem é que há um pouco de Brasil nessa história.

Dois anos antes, em 1894, o padre brasileiro Roberto Landell de Moura realizou a primeira transmissão desse tipo no mundo. Ele conseguiu transmitir a voz de algumas pessoas, em linha reta, numa distância aproximada de 8 km. Infelizmente, o trabalho de Landell acabou esquecido pelo fato de ele ter recusado aceitar investimento estrangeiro, acreditando que suas invenções deveriam pertencer ao Brasil.

Máquina de escrever

Se hoje você está escrevendo no seu computador, notebook ou smartphone, é graças ao brasileiro Francisco João de Azevedo. O padre e empreendedor paraibano foi o responsável por criar a máquina de escrever, ainda em 1861. A versão criada por ele era móvel e contava com 16 pedais, com aparência parecida com a de um piano.

Assim, ao pressionar uma tecla, a máquina acionava uma haste que dava uma “carimbada” no papel com uma letra. No projeto, os pedais funcionam como se fossem a tecla “Enter”, permitindo trocar de linha no papel. O mais curioso da invenção é que Francisco utilizou apenas uma lixa e um canivete como ferramentas para criar o aparelho.

Chuveiro elétrico

Francisco Canhos Navarro é o homem responsável por criar o chuveiro elétrico, com o primeiro modelo datando de 1927, na cidade de Jaú, interior de São Paulo. A criação revolucionou a vida das pessoas, já que antes, para tomar banho quente, era preciso investir em uma cara engenhoca a gás ou à lenha. Francisco ainda modernizou o produto, desenvolvendo um novo modelo que teiha uma chave seletora para diferentes temperaturas.

Escorredor de arroz

Bastante utilizado no dia a dia da cozinha, você sabia que o escorredor de arroz surgiu no Brasil? Ele é obra da dentista Therezinha Beatriz Alves de Andrade, que estava farta de ter a pia entupida sempre que lavava o arroz. Assim, ela criou um utensílio que permite lavar o arroz dentro de um compartimento e escorrê-lo em outro. Ela patenteou a invenção na década de 1950, tornando-se um item indispensável de qualquer cozinha.

Identificador de chamadas

Conhecido pelas pessoas mais antigas como Bina, o identificador de chamadas está presente em todos os telefones atuais, fixo ou smartphones. Quem inventou o aparato foi o eletrotécnico Nélio José Nicolai, em 1977. Seu intuito era reduzir o número de trotes e golpes recebidos pelas pessoas.

Entretanto, ele luta na Justiça para ter o reconhecimento da patente da sua invenção. Ainda em 2003, a Justiça Federal do Rio de Janeiro suspendeu liminarmente os efeitos de sua patente, afirmando que a tecnologia copiava inventos já existentes, além de não atender aos pré-requisitos legais. Mesmo assim, Nélio teve reconhecimento da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), além de ter ganhado um selo da série Invenções Brasileiras, dada pelo Ministério das Comunicações.

Soro antiofídico

De uso indispensável quando a pessoa é picada por uma serpente, o soro antiofídico é uma invenção brasileira. A criação é do cientista Vital Brazil, que atuou, nos séculos XIX e XX, no combate de epidemias de doenças como cólera, varíola, febre amarela e peste bubônica.

Essa criação ocorreu quando ele trabalhava no Instituto Bacteriológico de São Paulo. Ele usou como base o trabalho do francês Albert Calmette, que tinha conseguido curar um homem picado por uma naja utilizando anticorpos. Entretanto, Vital Brazil percebeu que o soro de Calmette não era capaz de curar as picadas de jararaca e cascavel, serpentes que mais matavam no país. Assim, ele percebeu que a picada de cada cobra deveria ter um soro específico, sendo até hoje a forma mais eficaz de neutralizar o veneno.

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